Um pedacinho da Síria em Lisboa: Tayybeh
By order of appearance como se dizia nas séries norte-americanas:
A entrada |
Os refrescos sírios |
A salada de tabulé e quinoa |
O falafel envolvido na sua salada |
A sobremesa, a lembrar as Mil e Uma Noites |
Para
aqueles seres que vêem a comida como algo puramente utilitário da qual não se
retira qualquer prazer (os mesmos que dizem orgulhosos que se pudessem tomavam
um batido proteico para substituir o almoço e um comprimido para substituir o
jantar) há duas possibilidades de cura imediata: o internamento compulsivo (mais
fácil se gritarem a sua opinião ou esbracejarem-na entusiasmados) ou uma ida a
um restaurante sírio. Esta segunda é uma forma de cura mais agradável e com
efeitos certeiros não só no imediato, mas também no longo prazo.
A
comida síria é, não apenas saborosa e variada, mas também uma ode à
convivialidade e partilha. Isso mesmo é espelhado nas doses que são servidas no
Tayybeh, considerado o melhor restaurante sírio da nossa capital à beira Tejo plantada.
A
ementa tem muito por onde escolher e o serviço atencioso. Aliás, a única empregada de mesa da casa
tem a capacidade de atender de forma atempada e delicada todos os comensais (e
não são poucos). Contraria de forma evidente a técnica de muitos empregados de
mesa de restaurantes e pastelarias da nossa capital que conseguem olhar para
todo o lado menos para o cliente que lhes está a tentar chamar à atenção há uns
15 minutos.
No
Tayybeh a ementa é composta por diversos pratos, entre entradas, principais,
saladas e sobremesas. O menu lui même (electrónico e de fácil consulta) traz
indicação dos ingredientes de cada prato e distingue os que são veganos e
vegetariano.
Para
este almoço começamos com a entrada composta por folhas de videira recheadas
com um base de arroz, uma opção fresca e delicadas, que abriu caminho para os
pratos principais. A lista é grande, incluindo pratos como Uzi Bulgur, massouka,
húmus, bem como opções com vários tipos de carne que, por razões consabidas,
não escolhi experimentar. Optei antes por uma das estrelas da casa: a salada de
falafel (pequenas bolas feitas de grão de bico, habitualmente fritas). E
justamente. Porque as bolas de falafel cortadas em pedaços que enriquecem uma
salada com alface, tomate e romã, são as melhores de entre as melhores. A outra
escolha do dia recaiu sobre a salada de tabulé (uma mistura de salsa, tomate,
cebola, menta, pimenta, azeite e sumo de limão) com quinoa. As doses são
generosas e dão perfeitamente (cada uma) para duas pessoas.
As
bebidas são todo um outro assunto na cozinha síria, atenta a quantidade de
refrescos que são oferecidos. Por mim, optei por uma bebida à base de água de
rosas e sei de fonte de segura que a limonada de gengibre e mel estava também
deliciosa.
De
entre as sobremesas para acompanhar o café seleccionámos uma parente próxima da
baklava turca (que como podem ver na foto também dá perfeitamente para duas
pessoas). Pistachio, noz, amêndoa e queijo doce sírio compõem o recheio desta
massa estaladiça.
E,
pronto, depois de pagar (preços simpáticos e inteiramente justificados perante qualidade da refeição e do serviço), foi tempo de voltar para o trabalho, que o fim-de-semana só começa
pelas 18h00 de sexta-feira. Mas com duas certezas. Primeiro, um bom almoço em
boa companhia anima o espírito de qualquer um. Segundo, voltaremos muito em
breve a este pequeno tesouro escondido nas arcadas de um prédio de Moscavide.
Comentários
Enviar um comentário